Espaço de discussão sobre o comportamento de consumo das crianças na Internet

Posts marcados ‘marketing viral’

Consumismo infantil e marketing viral

 Por Vanessa Xavier – @vanessal_xavier

 A loira do banheiro e tantas outras lendas urbanas, assim como o uso dos frufrus da Pakalolo ou do Kichute (na década de 1980), eram os virais na minha época de infância. Naquele tempo os advogados da marca, aqueles que viralizavam os produtos, eram os mais populares do grupo de relacionamento. Quando apareciam na escola com um tênis novo, uma marca nova ou usando um chaveiro na mochila, o produto já virava desejo de consumo dos jovens que almejavam a popularidade na escola ou no bairro.

Com a evolução das tecnologias, e dos recursos disponíveis, a propaganda e o marketing aderiram ao que hoje conhecemos como marketing viral, a divulgação e construção de marcas baseadas na Internet por meio de vídeos, jogos.

O termo viral, de acordo com o dicionário, é referente a vírus ou causado por vírus, um processo similar à extensão de uma epidemia. O conceito, assim como o conhecemos hoje, pode ser comparado ao antigo boca a boca, com o pequeno-grande diferencial que é o aumento exponencial da velocidade de propagação em função da Internet.

Um viral famoso para o mercado infantil é o vídeo da Galinha Pintadinha, que desde que foi publicado no canal YouTube, em dezembro de 2006, já teve mais de 30 milhões de acessos.

Vislumbrando um mundo de possibilidades as marcas entraram na onda dos virais para atrair a atenção dos pequenos consumidores. Hoje as crianças são responsáveis por 80% das decisões de compra de uma família (TNS/InterScience, outubro de 2003). Também, são as mais impactadas pelas mídias, especialmente tevê e Internet.

Por outro lado, essa febre viral voltada para os pequenos tem sido amplamente discutida e vigiada por órgãos e associações que protegem os direitos das crianças. O Instituto Alana é um desses órgãos, que por meio do projeto Criança e Consumo, dissemina informações e luta contra qualquer tipo de comunicação mercadológica dirigida às crianças com o objetivo maior de combater o estímulo ao consumismo infantil.

Será que a velocidade proporcionada pela Internet é a mola propulsora desse consumismo infantil?